Crianças e telas de celular: como garantir a saúde da visão

No mundo atual, o uso intenso de telas é uma realidade. Celulares, computadores, televisões… estamos sempre diante de uma. Essa relação, no entanto, pode ser extremamente prejudicial para a visão, especialmente das crianças.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o ideal é que a criança só inicie o contato com telas a partir dos 2 anos. Entre 2 e 4 anos, esse uso não deve passar de 30 minutos diários.

Sabemos, entretanto, que é muito difícil seguir à risca essas recomendações. Diante deste cenário, para garantir a saúde visual da criança, o recomendável é visitar frequentemente o oftalmopediatra.

Neste artigo, vamos abordar tudo sobre esse tema. Compartilhe com quem você gosta 💙

Veja a cartilha que fizemos sobre o assunto neste link

A formação dos olhos e o surgimento de doenças oftalmológicas

Para entender por que as crianças estão mais propensas ao desenvolvimento de doenças oftalmológicas, é necessário compreender como os olhos se formam.

Quando um bebê nasce, seus olhos ainda são pequenos e em processo de desenvolvimento. A esclera – a parte branca do olho – é mais maleável em bebês e crianças, pois está preparada para o crescimento. Durante esse processo, o olho pode crescer mais do que deveria, tornando-se ovalado, o que caracteriza a miopia. Mais adiante, veremos como certos comportamentos podem contribuir para essa condição.

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As telas são prejudiciais à visão das crianças?

Embora os estudos sobre os prejuízos do uso excessivo de telas ainda estejam em fase inicial, existem alguns indícios de que esse comportamento pode ser prejudicial à visão infantil.

Quando uma criança passa muito tempo olhando para um ponto fixo próximo, como uma tela de televisão ou tablet, seu olho passa por um processo chamado acomodação visual. Esse processo é normal, mas, quando realizado em excesso, pode sobrecarregar a musculatura ocular e estimular o desenvolvimento da miopia.

Outros efeitos do uso excessivo de telas

Além da miopia, a exposição prolongada a telas pode causar síndrome do olho seco. Ao focar intensamente em uma tela, a frequência do piscar diminui, reduzindo a lubrificação ocular e causando secura, ardor e a sensação de areia nos olhos. Isso pode levar a coceiras, um comportamento prejudicial que pode causar astigmatismo.

A fadiga ocular também é comum, resultando em cansaço visual. Outros efeitos incluem problemas comportamentais como dificuldades escolares, agressividade, ansiedade, depressão e até adição à internet e jogos eletrônicos, além de exposição ao bullying digital.

Idade ideal para o uso de telas

A maioria dos pediatras recomenda que o contato com telas só comece após os 2 anos de idade, quando os olhos já estão mais desenvolvidos. Contudo, mais importante do que adiar o início é controlar o tempo de uso. Entre 2 e 4 anos, o ideal é limitar o uso a 30 minutos diários. Após essa idade, até 1 hora por dia é aceitável, dividida em intervalos ao longo do dia para equilibrar o estímulo visual de perto e de longe.

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Diferença entre televisão e tablets/celulares

A distância entre a tela e os olhos é mais importante do que o brilho. Telas maiores e mais distantes, como as de televisores, são menos prejudiciais comparadas a tablets e celulares, que são mantidos muito próximos ao rosto.

Conclusão

A exposição prolongada às telas pode prejudicar a formação dos olhos das crianças, causando doenças oftalmológicas. No entanto, sabemos o desafio que é controlar esse uso. Aqui estão algumas dicas:

  • Estimule a visão de longe, especialmente em ambientes abertos e bem iluminados, para ajudar a prevenir a miopia.
  • Equilibre o tempo de uso das telas.
  • Prefira televisões em vez de tablets e celulares.
  • Dialogue sobre o tempo de uso das telas.
  • Procure um oftalmologista ao notar sinais como olhos vermelhos, coceira frequente, necessidade de piscar constantemente ou de ficar muito próximo às telas para enxergar.
  • Estabeleça momentos sem tela, como durante refeições e atividades ao ar livre.

Ao seguir essas orientações, você pode ajudar a proteger a visão dos seus filhos e promover um uso saudável das tecnologias.

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